Greve expõe falhas no metrô
Por 24 horas, funcionários paralisam atividades contra o sucateamento do sistema
Por 24 horas, funcionários paralisam atividades contra o sucateamento do sistema
Publicação: 04/10/2013 07:32 Atualização: 04/10/2013 07:56
Cerca de 300 mil pessoas que usam o metrô diariamente não poderão contar com esse serviço de transporte público hoje. Os metroviários deflagraram uma paralisação de 24 horas. O movimento surge depois da depredação de dois trens, além de 100 janelas e bilheterias na Estação Coqueiral, no bairro de Tejipió, na última segunda-feira, quando passageiros se irritaram com um atraso de 20 minutos causado por um problema elétrico numa composição. Diante da situação, o Grande Recife Consórcio de Transporte montou um esquema especial para atender hoje os usuários do metrô.
A previsão é de reforço e criação de linhas especiais de ônibus nas áreas atendidas pelo metrô, nos troncos Centro e Sul. No total, 21 linhas receberão reforço para atender os passageiros do metrô, entre elas, quatro linhas especiais serão criadas para suprir as demandas do Barro, Joana Bezerra, Santa Rita, Aeroporto e Centro. Ao todo, serão 232 veículos atendendo a população, 73 a mais que a frota utilizada nos dias normais.
Ontem, os metroviários promoveram panfletagem na estação central do metrô, no bairro de São José, para avisar aos usuários da paralisação. Eles criticam uma suposta estadualização do metrô e o sucateamento do sistema. Além disso, denunciam a situação precária dos trens da linha Centro e a falta de peças de reposição das máquinas. Outra queixa da categoria é quanto à falta de segurança, com ocorrência de assaltos dentro dos vagões.
Entre os passageiros, muitos foram pegos de surpresa ontem com a notícia da paralisação de 24 horas. Alguns disseram, inclusive, que faltariam ao trabalho. Outros confirmaram a falta de ar-condicionado, superlotação e até mesmo abuso sexual dentro dos vagões, além da demora no intervalo de chegada dos trens.
Em nota enviada à imprensa, o superintendente regional Recife da CBTU/STU REC, José Marques de Lima, disse estar surpreso com o movimento. O documento aponta que nenhum fato novo aconteceu em relação à estadualização e, além disso, “15 novos trens e nove VLTs foram adquiridos, 20 novos vigilantes foram contratados para se juntarem aos 370 existentes no dia 1º de novembro”. Outra garantia da superintendência é quanto à volta da Polícia Ferroviária Federal.
Ao todo, 1.500 metroviários devem cruzar os braços hoje. Desde o dia 26 de setembro a categoria está em estado de greve, mas ontem à noite, em reunião, deflagrou o movimento. Procurada, a Polícia Militar não informou se iria reforçar a segurança nos metrôs ao longo do dia de hoje. (Veja as linhas que receberão reforço no www.pernambuco.com)
Queixa de assédio
A previsão é de reforço e criação de linhas especiais de ônibus nas áreas atendidas pelo metrô, nos troncos Centro e Sul. No total, 21 linhas receberão reforço para atender os passageiros do metrô, entre elas, quatro linhas especiais serão criadas para suprir as demandas do Barro, Joana Bezerra, Santa Rita, Aeroporto e Centro. Ao todo, serão 232 veículos atendendo a população, 73 a mais que a frota utilizada nos dias normais.
Ontem, os metroviários promoveram panfletagem na estação central do metrô, no bairro de São José, para avisar aos usuários da paralisação. Eles criticam uma suposta estadualização do metrô e o sucateamento do sistema. Além disso, denunciam a situação precária dos trens da linha Centro e a falta de peças de reposição das máquinas. Outra queixa da categoria é quanto à falta de segurança, com ocorrência de assaltos dentro dos vagões.
Entre os passageiros, muitos foram pegos de surpresa ontem com a notícia da paralisação de 24 horas. Alguns disseram, inclusive, que faltariam ao trabalho. Outros confirmaram a falta de ar-condicionado, superlotação e até mesmo abuso sexual dentro dos vagões, além da demora no intervalo de chegada dos trens.
Em nota enviada à imprensa, o superintendente regional Recife da CBTU/STU REC, José Marques de Lima, disse estar surpreso com o movimento. O documento aponta que nenhum fato novo aconteceu em relação à estadualização e, além disso, “15 novos trens e nove VLTs foram adquiridos, 20 novos vigilantes foram contratados para se juntarem aos 370 existentes no dia 1º de novembro”. Outra garantia da superintendência é quanto à volta da Polícia Ferroviária Federal.
Ao todo, 1.500 metroviários devem cruzar os braços hoje. Desde o dia 26 de setembro a categoria está em estado de greve, mas ontem à noite, em reunião, deflagrou o movimento. Procurada, a Polícia Militar não informou se iria reforçar a segurança nos metrôs ao longo do dia de hoje. (Veja as linhas que receberão reforço no www.pernambuco.com)
Queixa de assédio
A dançarina Lílian dos Santos, 20 anos, costuma pegar o metrô para fazer o percurso Cabo - Cajueiro Seco e se queixa da demora no intervalo de chegada entre um trem e outro. Outra preocupação de Lílian é quanto ao assédio masculino nos vagões. “Muitas vezes os trens estão lotados, e os homens aproveitam para se aproximar da gente”, queixou-se.
Falta no trabalho
Falta no trabalho
O gráfico Júlio Soares, 28, soube da paralisação e disse que já avisou aos patrões que não vai trabalhar. “Preciso andar dez minutos para chegar à parada de ônibus mais próxima de minha casa. Já a estação do metrô é bem pertinho de onde moro”, comentou. Para o gráfico, é preciso que seja reduzido o tempo do intervalo entre os trens e mantido o ar funcionando.
Intervalob demorado
Intervalob demorado
Gabriela Souza, 22 anos, diz que usa os trens da linha Sul e não enfrenta tantos problemas de superlotação e vagões quebrados como os passageiros da linha Norte. “Os vagões foram trocados há pouco tempo, mas o intervalo entre os trens ainda acho muito demorado, de sete minutos. Em outras cidades, não esperamos nem dois minutos.”
